Estou honrado com a delegação que me foi concedida para falar em nome dos eleitos de 2010, nesta memorável solenidade de diplomação. Nela, saúdo o novo ciclo político e de governança pública que se reinicia em Minas e em todo o país.
Com ele em sua plenitude, celebramos o amadurecimento da democracia brasileira e o fortalecimento das instituições, traduzidos pela vigorosa dinâmica dos processos sucessórios na política nacional.
As urnas deste ano e a vontade popular dos mais de 106 milhões de brasileiros ungiram 1.059 eleitos para os Parlamentos Estaduais; 567 novos congressistas - sendo 513 deputados federais e 54 senadores; 27 governadores de Estado e do Distrito Federal e seus vices; e uma nova mandatária dos destinos do país e seu vice-presidente.
Uma vez mais, o Brasil deu exemplo à comunidade internacional de competência; celeridade recorde; transparência e segurança inquestionáveis; aplicação de modernas tecnologias e absoluta credibilidade, ao realizar um dos mais extensos processos eleitorais de todo o mundo.
Devemos, pois, o nosso reconhecimento às autoridades judiciárias e aos servidores que conduziram o pleito, homenagem que simbolicamente presto ao seu mais ilustre representante no Estado, o Exmo. Presidente do Egrégio TRE-MG, desembargador Kildare Carvalho.
Lembro ainda a valorosa participação de milhares de cidadãos que colaboraram com o grandioso desenvolvimento do processo eleitoral, emprestando a ele dedicação, trabalho e especialmente valorização dos princípios da cidadania plena.
Os processos políticos sucessórios - mais do que eventualmente promover mudanças ou renovar mandatos - têm como princípio e ganho fundamentais a afirmação da vontade popular. É ela que - ao final de cada jornada - ordena os instrumentos da democracia.
É a vontade popular que vaticina sobre erros e acertos; méritos e equívocos e nos aponta o grande Norte a ser seguido adiante, e os novos patamares a serem vencidos e conquistados pelos que detém mandato e responsabilidade pública. Por isso, em si mesma, também ela é a grande diáspora que nos move e move o coletivo na direção do contínuo aperfeiçoamento.
Desde o amanhecer da jovem democracia brasileira e o fim do regime de exceção que esta tem sido a busca determinada e natural da cidadania. O tempo da história, no entanto, não é o tempo dos homens.
Se a nós, que vivemos cada dia desta construção, já parece ser um longo período de sacrifícios, doação, trabalho e luta, para a história é só um breve recomeço. Um recomeço que temos o dever de cuidar, alimentar e fortalecer, para que se adense como parte fundamental, indissociável, da sociedade organizada que somos hoje.
Acredito que os que aqui se apresentam, perante esta Corte, guindados pelo voto direto, sintetizam com fidelidade os contornos desta sociedade e mais do que isso: os legítimos sonhos da esperança da nossa gente.
Por isso, ao recebermos, todos, a honraria inestimável e insubstituível do mandato popular, o fazemos reverenciando, sempre, os valores atemporais de Minas, que herdamos daqueles que vieram antes de nós e que temos o dever de guardar e legar às futuras gerações. O amor à liberdade. O apreço à fraterna solidariedade, irmã gêmea da igualdade; a busca obsessiva pela justiça e pelo bem comum.
Esses, são alguns dos princípios fundamentais de Minas que tem nos movido no curso da história. Desde os primeiros dos nossos que tombaram - desde os tempos dos Emboabas - passando pelos Inconfidentes e Tiradentes -, até os heróis do nosso tempo, como Juscelino e Tancredo, jamais nos permitimos, um só instante sequer, nos distanciarmos deles.
Eles tremulam na tessitura da nossa bandeira, mas muito especialmente como matéria prima do nosso tecido social. Eles têm imantado a nossa unidade; multiplicado os nossos sonhos. Alimentado a nossa coragem; e fortalecido a nossa fé.
Ao recebermos, portanto, essa nova prerrogativa, renovamos cada um dos grandes compromissos que temos para com Minas e para com Brasil. São compromissos que se assemelham, que têm a mesma natureza, porque estão sustentados por um só alicerce de valores.
Os ideais de desenvolvimento do Estado estão irremediavelmente inflexionados na ideia de que somos, mais do que síntese, o coração do País. Por isso, temos consciência de que, cada passo que pudermos dar adiante, na direção da conquista da justiça e da equidade, estes também serão percursos vencidos pelo Brasil.
Compreendi perfeitamente a natureza desse amálgama poderoso a partir do exercício da generosa liderança de Aécio Neves à frente do Palácio da Liberdade. E aqui, peço licença ao conjunto dos eleitos e à egrégia Corte, para fazer esta justa homenagem ao líder que inspirou Minas e que agora inicia uma nova e promissora jornada nacional, tendo ao seu lado nessa diplomação para o Senado o honrado Itamar Franco, reserva moral de Minas e do Brasil.
Se temos o dever de prosseguir avançando com o vigoroso processo de transformações dos últimos anos, estamos orgulhosos e envaidecidos de termos sido alçados à posição paradigmática de modelo da nova gestão pública brasileira.
Se tantos reconhecimentos nos gratificam, também redobram nossa responsabilidade. Somos, afinal, um País contraditório e desafiador. E somos, também, o estado brasileiro que melhor reflete o todo do País. Convoca-nos à dedicação inúmeras e grandiosas tarefas.
Tarefas e causas coletivas que representam não apenas obstáculos a serem combatidos e superados, mas autênticas oportunidades para dar dimensão e realismo a aqueles valores de Minas, que nos falavam os líderes de diferentes gerações de mineiros.
Tancredo os sintetizou de forma insuperável: Ele nos dizia que nunca será tarde para a Pátria que sonhamos. E que a Pátria que sonhamos florescerá como tarefa coletiva, solidária e partilhada. Tarefa coletiva que nos une hoje, aqui. Ao saudar e cumprimentar a cada um dos eleitos, desejo que, legitimados pela força insubstituível do voto direto, estejamos à altura dos nossos valores, das nossas responsabilidades, mas também dos anseios, dos sonhos e das esperanças de nossa gente mineira.
Agradeço às inúmeras e comoventes manifestações de apreço que tenho recebido e renovo, aqui, cada um dos compromissos que assumi nas ruas, com a população de nosso Estado. Vamos caminhar juntos, compartilhando decisões e responsabilidades.
Vamos construir uma Minas mais forte, para ser mais justa. E, mais justa, uma Minas mais fraterna, solidária na busca dos seus sonhos de desenvolvimento. Uma Minas mais igual. Vamos conquistá-la, todos juntos, com o trabalho e as melhores esperanças de todos nós. Muito obrigado! Felicidades a todos!”
(*) Integra do pronunciamento do Governador Anastasia quando da diplomação dos eleitos de 2010, pelo Tribunal Regional Eleitoral. Em janeiro estamos apresentando uma série de artigos relacionados a posse do novo governo.
Com ele em sua plenitude, celebramos o amadurecimento da democracia brasileira e o fortalecimento das instituições, traduzidos pela vigorosa dinâmica dos processos sucessórios na política nacional.
As urnas deste ano e a vontade popular dos mais de 106 milhões de brasileiros ungiram 1.059 eleitos para os Parlamentos Estaduais; 567 novos congressistas - sendo 513 deputados federais e 54 senadores; 27 governadores de Estado e do Distrito Federal e seus vices; e uma nova mandatária dos destinos do país e seu vice-presidente.
Uma vez mais, o Brasil deu exemplo à comunidade internacional de competência; celeridade recorde; transparência e segurança inquestionáveis; aplicação de modernas tecnologias e absoluta credibilidade, ao realizar um dos mais extensos processos eleitorais de todo o mundo.
Devemos, pois, o nosso reconhecimento às autoridades judiciárias e aos servidores que conduziram o pleito, homenagem que simbolicamente presto ao seu mais ilustre representante no Estado, o Exmo. Presidente do Egrégio TRE-MG, desembargador Kildare Carvalho.
Lembro ainda a valorosa participação de milhares de cidadãos que colaboraram com o grandioso desenvolvimento do processo eleitoral, emprestando a ele dedicação, trabalho e especialmente valorização dos princípios da cidadania plena.
Os processos políticos sucessórios - mais do que eventualmente promover mudanças ou renovar mandatos - têm como princípio e ganho fundamentais a afirmação da vontade popular. É ela que - ao final de cada jornada - ordena os instrumentos da democracia.
É a vontade popular que vaticina sobre erros e acertos; méritos e equívocos e nos aponta o grande Norte a ser seguido adiante, e os novos patamares a serem vencidos e conquistados pelos que detém mandato e responsabilidade pública. Por isso, em si mesma, também ela é a grande diáspora que nos move e move o coletivo na direção do contínuo aperfeiçoamento.
Desde o amanhecer da jovem democracia brasileira e o fim do regime de exceção que esta tem sido a busca determinada e natural da cidadania. O tempo da história, no entanto, não é o tempo dos homens.
Se a nós, que vivemos cada dia desta construção, já parece ser um longo período de sacrifícios, doação, trabalho e luta, para a história é só um breve recomeço. Um recomeço que temos o dever de cuidar, alimentar e fortalecer, para que se adense como parte fundamental, indissociável, da sociedade organizada que somos hoje.
Acredito que os que aqui se apresentam, perante esta Corte, guindados pelo voto direto, sintetizam com fidelidade os contornos desta sociedade e mais do que isso: os legítimos sonhos da esperança da nossa gente.
Por isso, ao recebermos, todos, a honraria inestimável e insubstituível do mandato popular, o fazemos reverenciando, sempre, os valores atemporais de Minas, que herdamos daqueles que vieram antes de nós e que temos o dever de guardar e legar às futuras gerações. O amor à liberdade. O apreço à fraterna solidariedade, irmã gêmea da igualdade; a busca obsessiva pela justiça e pelo bem comum.
Esses, são alguns dos princípios fundamentais de Minas que tem nos movido no curso da história. Desde os primeiros dos nossos que tombaram - desde os tempos dos Emboabas - passando pelos Inconfidentes e Tiradentes -, até os heróis do nosso tempo, como Juscelino e Tancredo, jamais nos permitimos, um só instante sequer, nos distanciarmos deles.
Eles tremulam na tessitura da nossa bandeira, mas muito especialmente como matéria prima do nosso tecido social. Eles têm imantado a nossa unidade; multiplicado os nossos sonhos. Alimentado a nossa coragem; e fortalecido a nossa fé.
Ao recebermos, portanto, essa nova prerrogativa, renovamos cada um dos grandes compromissos que temos para com Minas e para com Brasil. São compromissos que se assemelham, que têm a mesma natureza, porque estão sustentados por um só alicerce de valores.
Os ideais de desenvolvimento do Estado estão irremediavelmente inflexionados na ideia de que somos, mais do que síntese, o coração do País. Por isso, temos consciência de que, cada passo que pudermos dar adiante, na direção da conquista da justiça e da equidade, estes também serão percursos vencidos pelo Brasil.
Compreendi perfeitamente a natureza desse amálgama poderoso a partir do exercício da generosa liderança de Aécio Neves à frente do Palácio da Liberdade. E aqui, peço licença ao conjunto dos eleitos e à egrégia Corte, para fazer esta justa homenagem ao líder que inspirou Minas e que agora inicia uma nova e promissora jornada nacional, tendo ao seu lado nessa diplomação para o Senado o honrado Itamar Franco, reserva moral de Minas e do Brasil.
Se temos o dever de prosseguir avançando com o vigoroso processo de transformações dos últimos anos, estamos orgulhosos e envaidecidos de termos sido alçados à posição paradigmática de modelo da nova gestão pública brasileira.
Se tantos reconhecimentos nos gratificam, também redobram nossa responsabilidade. Somos, afinal, um País contraditório e desafiador. E somos, também, o estado brasileiro que melhor reflete o todo do País. Convoca-nos à dedicação inúmeras e grandiosas tarefas.
Tarefas e causas coletivas que representam não apenas obstáculos a serem combatidos e superados, mas autênticas oportunidades para dar dimensão e realismo a aqueles valores de Minas, que nos falavam os líderes de diferentes gerações de mineiros.
Tancredo os sintetizou de forma insuperável: Ele nos dizia que nunca será tarde para a Pátria que sonhamos. E que a Pátria que sonhamos florescerá como tarefa coletiva, solidária e partilhada. Tarefa coletiva que nos une hoje, aqui. Ao saudar e cumprimentar a cada um dos eleitos, desejo que, legitimados pela força insubstituível do voto direto, estejamos à altura dos nossos valores, das nossas responsabilidades, mas também dos anseios, dos sonhos e das esperanças de nossa gente mineira.
Agradeço às inúmeras e comoventes manifestações de apreço que tenho recebido e renovo, aqui, cada um dos compromissos que assumi nas ruas, com a população de nosso Estado. Vamos caminhar juntos, compartilhando decisões e responsabilidades.
Vamos construir uma Minas mais forte, para ser mais justa. E, mais justa, uma Minas mais fraterna, solidária na busca dos seus sonhos de desenvolvimento. Uma Minas mais igual. Vamos conquistá-la, todos juntos, com o trabalho e as melhores esperanças de todos nós. Muito obrigado! Felicidades a todos!”
(*) Integra do pronunciamento do Governador Anastasia quando da diplomação dos eleitos de 2010, pelo Tribunal Regional Eleitoral. Em janeiro estamos apresentando uma série de artigos relacionados a posse do novo governo.
(*) Em razão das férias escolares o Blog não tem sido atualizado diariamente.