domingo, 3 de outubro de 2010

Dr. Andradinha e os 45 anos da Unipac


Republico este artigo em razão do início na última semana dos festejos pelos 45 anos de fundação da hoje Universidade Presidente Antonio Carlos – Unipac, um educandário que nasceu graças ao idealismo do reitor Bonifácio Andrada.

A Unipac ultrapassou os limites de Barbacena, cortou as montanhas das Minas e se instalou em todas as regiões das Gerais.

Em 1993, como vereador, eu apresentei requerimento que homenageou a instituição, que foi aprovado por unanimidade. Na época, o Jornal Correio da Serra cobriu a entrega do Diploma da Câmara Municipal ao reitor. Veja o requerimento 089/2003:

Apresentamos votos de louvor a Universidade Presidente Antônio Carlos – Unipac, através de seus integrantes que apoiam, coordenam e supervisionam a atividades complementares, de extensão e de pesquisa realizadas pelos acadêmicos da instituição.

J U S T I F I C A T I V A

Dispõem os artigos 52 e 43, inciso VII, da Lei 9.397 , de 20 de dezembro de 1996, a Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

“Art. 52: - As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa extensão e de domínios e cultivos do saber humano (...)”

“Art. 43 – A Educação superior tem a finalidade:

(...)

VII – promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica na instituição.”

Como se depreende da leitura do primeiro dos artigos citados, a Universidade se sustenta sobre três pilares: a pesquisa, o ensino e a extensão.

Com o primeiro, a universidade deve gerar o saber, através de seus departamentos de pesquisa, de seus cursos de pós graduação e até mesmo dos de graduação, onde a pesquisa também deve ser feita observando o seu nível.

O Conhecimento científico, o filosófico, o tecnológico e o relacionamento com a área de letras e artes, abrangendo todo o conhecimento humano, devem ser levados à graduação, visando à formação de profissionais qualificados para atender às demandas da sociedade e à formação de novos elementos – que possam, por sua vez, continuar o desenvolvimento da pesquisa e o cultivo do saber humano.

Tudo isso, no entanto, teria valor apenas relativo, se deixasse de contemplar o terceiro elemento sobre o qual se deve fundamentar a Universidade, ou seja, a extensão, conceituada no inciso VII do art. 43, acima descrito. É pela extensão, uma das finalidades do ensino superior, que o conhecimento gerado pela Universidade extrapola seus muros e é levado à população, o que não permite que a escola superior se transforme numa torre de marfim, fechada sobre si mesma, auto-suficiente, ignorando o mundo em que se insere, enfoca o cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo.

O Projeto Filosofando, do curso de Direito, em que os alunos, desde o curso básico, realizam atividades complementares, na área de Ciência Política, junto a órgãos do Poder Executivo, junto ao Poder Legislativo e junto ao Poder Judiciário, com visitas e palestras de autoridades civis, militares e religiosas, com estágios na Câmara Municipal, no Fórum, na delegacia de Polícia, no Manicômio Judiciário no 9o Batalhão de Polícia Militar, dentre outros, marcam um avanço na parceria Universidade/ Comunidade.

Justificando, a defesa dos direitos da população menos favorecida é a proposta do “Núcleo de Práticas Jurídicas”, que promove a formação de profissionais de Direito atentos às injustiças sociais, onde os alunos atendem cerca de 5 mil pessoas anualmente. A Escola de Aplicação Santo Agostinho é oferecido ensino gratuito a 180 jovens, dentro de uma experiência pioneira em que os acadêmicos coordenam a escola.

Experiência idêntica acontece no projeto Unipac Criança que atende a crianças carentes de pré-escolar, que são educadas por profissionais dos diversos segmentos da universidade, com tratamento personalizado às suas famílias. Também o Projeto Mudala fez em 4 anos o índice de analfabetismo despencar, formando 1.500 pessoas que foram incluídas na sociedade, sendo que os acadêmicos estagiam também em escolas públicas e particulares.

A Organização Assistencial Popular criou a Casa Social – que em parceria com a universidade integra cerca de 50 acadêmicos em programas de inclusão social. Programa de Bolsa de Estudos e de Trabalho, dão oportunidades para que alunos que têm dificuldades em pagar a mensalidades estudem com subsídios.

O Instituto Conde de Prados levanta dados sócios-econômicos relativos à sociedade, como o acompanhamento semanal do custo da cesta básica. A Empresa Júnior da FACE também é uma realidade que agrega os acadêmicos frente ao mercado.

Na área da saúde, cerca de 300 estudantes atendem a mais de 16 mil pacientes mensalmente no Hospital Escola, que tem como proposta resgatar a relação médico-paciente no atendimento ambulatória, onde a população menos favorecida pode também realizar, gratuitamente, qualquer tipo de exame.

A clinica de saúde é exemplo similar. Criada no semestre passado já é um sucesso e vem atendendo a população especialmente na fisioterapia, fonodiologia e psicologia, dentre outras atividades.

Em anexo, o trabalho acadêmico “Ecus do Reflexun Universitário”, publicado na imprensa local, que retrata a opinião dos universitários e também justifica o voto de louvor aos seguintes professores participantes: Bonifácio José Tamm de Andrada, Paulo José de Araújo, Cleyde Maria Rocha Marks, José da Paz Lopes, Pedro Paulo Costa Tasca, Frederico Jardim de Oliveira, Terezinha de Abreu Pereira, Enio Marcos Fernandino, José Orlean da Costa , Jairo Furtado Toledo, Maria José Coelho; Maria José Gorini da Fonseca, Ézia Christina Siervo; Maria Auxiliadora Delbem, Maria Angélica Andrada Morano, Aparecida Souza Dezolt, Nicolau Carvalho Esteves, Luciando Alencar da Cunha, Agezandro Zaidan e Palma Viol. Sala das Sessões, 26 de junho de 2003

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