quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ministro defende gráfica e explica falhas no Enem na Câmara


O ministro da Educação, Fernando Haddad, explicou nesta quarta-feira na Comissão de Educação da Câmara de Deputados as falhas ocorridas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O ministro defendeu a gráfica que imprimiu as provas e disse que consultou até a Casa da Moeda sobre a impressão dos cadernos.
De acordo com o ministro, a Casa da Moeda tem segurança suficiente para impressão do Enem, mas não tem capacidade para imprimir 10 milhões de cadernos de provas. Por outro lado, Haddad afirmou que a imprensa oficial não tem segurança suficiente.
Haddad destacou que a aplicação de uma nova prova para os alunos que foram prejudicados pelas falhas não representará quebra de isonomia, pois os testes teriam o mesmo grau de dificuldade, assegurado pela Teoria de Resposta ao Item (TRI) que avalia não apenas acertos e erros, mas a dificuldade das questões.


As Falhas

A prova de 2010 apresentou problemas em alguns cadernos de respostas, com cabeçalhos trocados, ausência ou repetição de questões.
Segundo o ministro, sua Pasta "não está minimizando" as falhas detectadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. "Não estamos de nenhuma maneira minimizando o problema. Se afetasse um só aluno, o problema seria, para o Ministério da Educação, o mesmo de afetar 2 mil ou 10 mil alunos. O problema continua sendo da mesma natureza: assegurar o direito individual".
O Ministério da Educação (MEC), de acordo com o ministro, analisará caso a caso os alunos que tenham sido prejudicados pelos erros gráficos ocorridos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no sábado, 6 de novembro. "Iremos reconvocar esses estudantes, que está em torno de 0,1%. É um trabalho de garimpagem, sala de aula por sala de aula".


Teoria de Resposta ao Item

Questionado sobre a validade TRI, o ministro afirmou que essa teoria garante a isonomia das provas. "A grande vantagem da TRI é que pode ser aplicada em escala. Ela existe há 50 anos e é usada há 50 anos pelas universidades americanas".
Haddad afirmou que hoje em dia é possível reaplicar a prova, caso haja algum problema, porque o exame se tornou comparável com o uso da TRI, que permite localizar e enfrentar o problema sem prejuízo do calendário universitário. "Se não fosse a reformulação do Enem, feita no ano passado, essa reaplicação seria impossível porque as provas não seriam comparáveis".
O ministro garantiu que o exame será reaplicado em dezembro aos alunos que foram prejudicados pelos erros, e não haverá nenhum prejuízo ao calendário universitário.

Os Investimentos


Haddad informou que o MEC dobrou os investimentos por aluno, aumentando o investimento do Produto Interno Bruto (PIB) na educação básica. "O investimento do PIB na educação era de 3,9%. Em 2009, nós atingimos 5% do PIB, praticamente R$ 40 bilhões a mais".


(*) Reportagem extraída do Portal Terra de 17/11/2010

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