Barbacena: 219 anos – Cidade sede da Unipac
Barbacena fica na serra da Mantiqueira, a 169 quilômetros de Belo Horizonte. O município, com 788,001 km², ocupa o sítio de um antigo aldeamento de índios puris do grupo tupi, na região conhecida como Campo das Vertentes, segundo dados da Wikipédia, a enciclopédia livre.
Além da intensa produção de frutas européias e de rosas, exportadas para o país e o exterior, Barbacena é centro de pecuária, agricultura.
Características
Barbacena é conhecida em todo o Brasil, e também no exterior, como a "Cidade das Rosas", em função da grande produção de primeira qualidade desta flor. No Brasil, o município também é conhecido como a cidade que abrigava o maior número de hospitais psiquiátricos.
O antigo Hospital Colônia, hoje Centro Hospitalar Psiquiátrico, da RedeFhemig, ficou conhecido internacionalmente. Daí o Festival da Loucura, que dentre outros aspectos científicos culturais aborda históricamente assunto. No passado a cidade ficou conhecida como “Cidade dos Loucos”.
A cidade atraiu os hospitais psiquiátricos em decorrência da antiga idéia, defendida por alguns médicos, de que seu clima ameno, com temperaturas médias bem baixas para os padrões brasileiros, faz com que os ditos "loucos" fiquem mais quietos e menos arredios, supostamente facilitando o tratamento.
Apesar de seu clima frio e por ficar a uma altitude considerável, embora seja uma cidade tropical, Barbacena proporciona uma das mais belas e intensas luminosidades do país, o que já inspirou vários poetas e escritores.
Educação e Cultura
O município é sede de estabelecimentos de ensino superior, como a Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC). Também sedia Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e o Centro de Estudos Superiores Aprendiz (CESA), o Instituto Federal de Tecnologia (IFET), antiga Escola Agrícola Diaulas Abreu (Escola Agrotécnica Federal de Barbacena - EAFB) e a Escola de Hotelaria do SENAC.
Também sedia no nível de ensino médio a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr), sendo chamada de "nascente do poder aéreo nacional". Dentre outros estabelecimentos de renome a cidade conta o Colégio Tiradentes da Polícia Militar, o Colégio Imaculada Conceição, o Colégio Salesianos. É sede do 9º Batalhão de Polícia Militar e mais recentemente da 13ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais, que forma militares para os quadros da PMMG. Dentre as instituições culturais destaca-se a Academia Barbacenense de Letras e o Grupo Teatral Ponto de Partida, nacionalmente conhecido. De suas personaliodades culturais, os poeta Padre Mestre Correia de Almeida, Abgar Renault e Honório Armond, são destaques na literatura. Emeric Marcier e Georges Bernanos são estrangeiros que adotaram a cidade como refúgio, a partir da Segunda Guerra Mundial. Na música, o violonista Flausino Vale é o maior destaque no século XX.
História Origens
A cidade nasceu na cabeceira do rio das Mortes. Inicialmente, integrava a área de aldeamento dos índios Puris da grande família dos Tupis, quando os primeiros povoadores se estabeleceram no local chamado Borda do Campo, também denominado Campolide, onde erigiram a capela de Nossa Senhora da Piedade.
Era a Fazenda da Borda do Campo, de propriedade, desde o fim do século XVII, dos bandeirantes capitão-mor Garcia Rodrigues Pais e de seu cunhado Coronel Domingos Rodrigues da Fonseca Leme e, por carta de sesmaria, desde 1703.
Caminho Novo
Ficava às margens do caminho novo da estrada real para o Rio de Janeiro, empreendimento iniciado às expensas do capitão-mor Garcia Rodrigues Pais em 1698 e que Domingos Leme ajudou a concluir. Garcia Rodrigues Pais também recebeu carta de sesmaria das suas posses antigas na Borda do Campo em 1727. A propriedade, tempos depois, passou às mãos do inconfidente José Ayres Gomes.
Em 1711, a localidade participou de feito épico: hospedou, às custas de Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, o governador da capitania, Antônio de Albuquerque, acompanhado de um exército de seis mil homens, que ali acampou em marcha de socorro ao Rio de Janeiro, então invadido pelos franceses da esquadra de René Duguay-Trouin. Domingos Leme integrou, ainda, este exército com 200 de seus homens.
A Padroeira
Em 1725, o quarto bispo do Rio de Janeiro, o Frei Dom Antônio de Guadalupe, criou a freguesia de Nossa Senhora da Piedade, que teve a antiga capela como sede provisória até 1730 foi o primeiro vigário o Pe. Luiz Pereira da Silva passandi depois a sede para a Capela de N. S. do Pilar do Registro Velho (atual Sá Fortes) capela esta que caiu em ruínas e desapareceu por completo em meados do século XIX.
Em 19 de agosto de 1728 na primeira visita pastoral de D. Frei Antônio de Guadalupe, foi escolhido o "sítio da Igreja Nova" - a atual Matriz - sendo a 9 de dezembro de 1743, demarcado o local pelo Pe. Manoel da Silva Lagoinha, com uma Cruz de madeira e iniciada na mesma data a edificação do templo com as licenças do bispo D. Frei João da Cruz.
Atual Matriz
Em 27 de novembro de 1748, a freguesia foi transferida para a Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade (atual matriz), arquitetada por mestre Alpoim. Em torno da igreja, erigiu-se o "Arraial da Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo".
Chamado também de Arraial ou freguesia da Borda do Campo ou ainda de Arraial da Igreja Nova do Campolide, teve o templo entregue ao culto pelo Pe. Antônio Pereira Henriques, então vigário, autorizado pelo primeiro bispo de Mariana D. Frei Manoel da Cruz, por provisão de 15 de novembro de 1748. As obras, entretanto, prosseguiram até 1764, ano de sua conclusão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário